A dimensão política do pensamento amoroso

Autores

  • Rosana Rodríguez Facultad de Cs. Políticas y Sociales. UNCuyo. Argentina
  • Nora Llaver Facultad de Cs. Políticas y Sociales. UNCuyo. Argentina
  • Patricia González Facultad de Cs. Políticas y Sociales. UNSCuyo. Argentina

Palavras-chave:

pensamento amoroso, capitalismo, feminismo, violência patriarcal

Resumo

Neste trabalho interessa-nos questionar os efeitos das estruturas sociais sobre as experiências corporais das mulheres, no que diz respeito ao pensamento amoroso como sistema cultural. Neste sentido, questionamos os mecanismos de controlo/regulação que o amor romântico, enquanto ideologia, produz e reproduz, favorecendo as condições de desigualdade que estão na base da violência patriarcal. Abordamos também as implicações que ditos mecanismos têm para as experiências corporais das mulheres e as estratégias de resistências subjetivas e coletivas que estas constroem. O modelo hegemónico de conceber o amor nas nossas sociedades integra uma ideologia que funciona como fonte configuradora de práticas sociais e individuais, fazendo parte do processo de construção das relações de género. Esta ideologia cultural constrói-se e constituise como um aspeto fundamental da vida das mulheres, desempenhando um papel central na manutenção e perpetuação da sua subordinação social. Assim tem servido historicamente para justificar a opressão e a violência patriarcal contra as mulheres. Refletir sobre o amor supõe reconhecer a sua dimensão política, que se expressa não só nas instituições sociais, leis, políticas públicas (infância, família, atenção à deficiência, entre outras), mas também na construção social e subjetiva de sujeitos. Repensar a construção hegemónica do amor “heteropatriarcal e capitalista” permite-nos desmascarar as suas funções na hierarquização da ordem social e a reprodução da desigualdade entre homens e mulheres.

Biografia do Autor

Rosana Rodríguez, Facultad de Cs. Políticas y Sociales. UNCuyo. Argentina

rosanapaularodriguez@gmail.com

Nora Llaver, Facultad de Cs. Políticas y Sociales. UNCuyo. Argentina

norallaver@gmail.com

Patricia González, Facultad de Cs. Políticas y Sociales. UNSCuyo. Argentina

patogonzalezprado@gmail.com

Publicado

2015-04-01

Como Citar

Rodríguez, R., Llaver, N., & González, P. (2015). A dimensão política do pensamento amoroso. Tramas/Maepova, 3(1), 109–122. Recuperado de http://revistadelcisen.com/tramasmaepova/index.php/revista/article/view/101