Jovens indígenas e relatos sobre escolaridades na Universidad Pedagógica Nacional
Palavras-chave:
jovens, indígenas, ensino superior, migração, metodologias co-participativasResumo
Este texto pretende contribuir para a compreensão das intersecções e das complexidades presentes sob categorias homogeneizantes como a de “jovens estudantes indígenas” no ensino superior, especialmente em torno da presença indígena na Universidad Pedagógica Nacional, Ajusco (UPN, Ajusco), na Cidade do México, onde funciona desde 1982 o programa de educação indígena, marca visível do étnico na universidade. Debruço-me sobre os textos de autoria de jovens indígenas produzidos durante um exercício coletivo com eles realizado na universidade, a partir dos quais identifico heterogeneidades nas filiações comunitárias, bem como nos modos desses jovens se auto-apresentarem e definirem. Como parte da análise considero alguns dos debates que atravessam este campo de estudo, entre eles a aplicação do conceito de indígena migrante ao interior do país, o modo de caracterizar os indígenas e as comunidades nas cidades e os sentidos – em tensão para os jovens – que o ensino superior adquire. Trata-se de situar na agenda educativa a compreensão de que estes temas constituem desafios académicos, sociais e políticos para a transformação de sociedades multiétnicas, tais como as latino-americanas, bem como para as instituições do ensino superior que recebem cada vez mais estudantes indígenas com diversas filiações socioculturais, étnicas, linguísticas.
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