Cigali Tikaiku, uma visão sobre a história dos diaguitas de Catamarca
Palavras-chave:
diaguitas, história, cosmovisão, territorialidade, novelaResumo
Pese embora a arqueologia, a antropologia e a etnohistória tenham contribuído muito para avançar no conhecimento das sociedades indígenas das épocas pré-incas e pré-hispânicas, é difícil encontrar materiais pedagógicos que se foquem nos aspetos filosóficos e simbólicos destas culturas e que nos permitam quer aprofundar o tema das cosmovisões andinas, quer imaginar e compreender como foram estas sociedades e os processos históricos desenvolvidos desde a época da conquista até ao presente. Na demanda pedagógica por uma compreensão cada vez mais complexa das sociedades indígenas, o recurso a romances, documentários, poesias, etc., revela-se uma ferramenta valiosa que, podendo não satisfazer as exigências de precisão histórica ou conceptual, têm ainda assim a virtude de trabalhar a partir da construção da imaginação e do quotidiano no conhecimento do passado. Tendo em conta estas dificuldades e virtudes, tentamos neste artigo analisar como o trabalho com uma novela ficcional pode ajudar a compreender a especificidade de duas noções fundamentais do pensamento indígena, como são as de cosmosivão e territorialidade.
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