Educação e povos indígenas: ontem e hoje

Autores

  • Mariano Nagy Instituto de Ciencias Antropológicas. Universidad de Buenos Aires. Conicet

Palavras-chave:

povos indígenas, educação, escolas, conquista do deserto,, genocídio

Resumo

Como contribuiu a educação para a cristalização de um discurso hegemónico de extinção ou diluição da população originária na Argentina nos princípios do sistema educativo nacional nas últimas décadas do século XIX? E, passado quase um século e meio de existência, que temas permanecem e quais sofreram modificações nas escolas atuais a respeito dos povos indígenas? Através de uma abordagem a dois segmentos temporais horizontais ou cross section (Pickenhayn 1998: 52) do sistema educativo argentino (suas origens e presente), procura-se analisar as continuidades e as modificações das narrativas educativas sobre os povos originários, abordando diversas fontes e relatórios estatais como manuais, regulamentos, relatórios de inspeção e estatísticas. A priori, nas escolas do século XXI, o antigo relato festivo da conformação estatal e da extinção do indígena (por vezes lamentada) parece conviver com abordagens críticas mais ligadas aos atuais relatos históricos e às suas consequências para a população indígena. Por várias razões, uma abordagem mais respeitosa à diversidade cultural nem sempre se verifica nas aulas apesar de existirem dispositivos, currículos e materiais didáticos em conflito com o relato tradicional da extinção

Biografia do Autor

Mariano Nagy, Instituto de Ciencias Antropológicas. Universidad de Buenos Aires. Conicet

Buenos Aires / Argentina
nagy.mariano@gmail.com

Publicado

2017-04-01

Como Citar

Nagy, M. (2017). Educação e povos indígenas: ontem e hoje. Tramas/Maepova, 5(1), 55–78. Recuperado de http://revistadelcisen.com/tramasmaepova/index.php/revista/article/view/141