Universidades e terrorismo de Estado: dois estudos de caso na Argentina e no Brasil
Palavras-chave:
terrorismo de Estado, ditaduras militares, Operação Condor, universidades, autoritarismoResumo
Neste artigo abordaremos dois casos como um estudo preliminar sobre as ações repressivas nas universidades do Cone Sul, anteriores ao que mais tarde seria conhecido como a “Operação Condor”. Uma delas é o caso da Universidade de São Paulo (USP) no Brasil. O outro caso é da Universidade Nacional do Sul (UNS), em Bahia Blanca, Argentina, entre os anos de 1975 e 1976. Numa perspetiva transnacional, propomos aproximar os dois casos no Brasil e na Argentina como forma de comparar o papel do autoritarismo institucional nos dois países e suas extensões na sociedade civil, demonstrando que tanto no caso argentino, anterior à instalação da ditadura, quanto no caso da ditadura brasileira, as estruturas de repressão atuaram de maneira similar na perseguição de seus antagonistas nos dois países. Por outro lado, em ambos os casos os regimes estenderam sua cartilha de repressão para as universidades. Isso nos permite indagar sobre a participação das universidades (ou de seus membros) no genocídio e Terrorismo de Estado no continente, assim como aprofundar as reflexões sobre a coordenação repressiva no que mais tarde se consolidaria com a Operação Condor como uma rede transnacional de articulação de atividade de repressão nas universidades.
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