Olhar(es) sobre estratégias e tácticas formativas
Palavras-chave:
olhares, estratégias, tácticas, formação, docentesResumo
Ao escrever “olhar(es)” pretende-se chamar a atenção para uma forma particular de relação com as práticas de um sector do campo educativo contemporâneo, dedicado à preparação de jovens e adultas/ os que aspiram a diplomar-se como docentes. Propondo-me reflectir sobre a aplicação de estratégias e tácticas formativas com base numa problematização do ponto de vista da qual as olhamos e trabalhamos, procuro visibilizar maneiras de conhecer, de fazer e de ser que cimentam regimes de verdade e referências de governança nas práticas de formação. Trata-se daquele que olha mas não é fácil ver, aspecto partilhado por quem olha/educa e quem é olhado/ educado. Por outro lado, “olhar(es)” expressa a minha reflexão como “educada-educadora” mas também maneiras de pensar, sentir e fazer “outras” com estratégias e tácticas formativas, cujos efeitos subjectivos-corpos-estruturas estruturantes atravesso e atravessam, transformam e transcendem o campo relacional em que estou imersa. Assim, na institucionalização de certas estratégias e tácticas formativas podemos ler dimensões epistemológicas e políticas de educação pública que impõem e mantêm com naturalidade uma ordem e o seu controlo. Escrever “olhar(es)” sobre estratégias e tácticas formativas propõe ao leitor que foque no seu campo de atenção o que procuro mostrar no mesmo. “Dar a ver” os condicionantes implícitas no olhar contribuirá porventura para compreender “singularidades plurais” e para inventar estratégias e tácticas que sustenham esse olhar, pelo menos no contexto de tempo e espaço da formação contínua de docentes.
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