A punição criminal e a "disposição" como categorias nativas produtoras de sentidos
Palavras-chave:
etnografia, processo judicial, rotinas, práticas, relações sociaisResumo
Este artigo baseia-se em um estudo empírico construído a partir da intervenção como advogado de defesa no caso de um jovem perseguido penalmente pelo suposto acometimento de um crime, para investigar, em perspectiva etnográfica, o passo pelo âmbito da delegacia da polícia e a burocracia judicial. A abordagem etnográfica permitiu explorar a forma como as concepções policiais e judiciais constroem as perspectivas nativas a partir das quais os agentes do campo fornecem de sentidos especiais o confinamento de jovens nas delegacias. Nesta indagação, a detecção das categorias nativas de “disposição”, “confinamento como punição” ou “tem que se fazer algo” permitiu desenvolver uma análise reflexiva da significação que adquirem para os atores do campo, bem como o alcance dos efeitos que, em termos práticos, essas categorias desencadeiam.
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