Mestiçagem: esquecimentos que de-formam sujeitos
Palavras-chave:
mestiçagem, América Latina, histórias, sujeito índio, Fausto ReinagaResumo
Este texto busca problematizar a relação, em ocasiões dada por óbvia, entre mestiçagem e América Latina. Supondo que o que é considerado óbvio nem sempre é questionado em seus fundamentos, naquilo que lhe dá esta condição. O que quer dizer que, a pergunta sobre as histórias de como algo chegou a ser considerado óbvio não é formulada e nem respondida. São essas histórias, as quais não são investigadas, aquelas que dão sutura a diferentes contextos e horizontes históricos. Aqueles em que desenvolvemos nossas existências. Cada história envolve uma seleção de memórias e esquecimentos, que juntos legitimam posições, privilégios e desigualdades dentro de nossas sociedades. Estas histórias na América Latina mostram processos de conjunção e disjunção, ou seja, de mestiçagens, que nunca foram lineares e unívocos. Por exemplo, a mestiçagem em algumas oportunidades tem sido utilizada como recurso de reciclagem colonial, de atualização colonial. Alguém crítico desta posição foi Fausto Reinaga, cuja obra nos ajuda a desbaratar o óbvio a fim de evitar anistias de responsabilidades nas histórias da América Latina. Isto levando em conta que o sujeito índio é de complexa definição, é tão complexo como explorar as múltiplas formas de dominação às quais está submetido. O sujeito índio é, além de uma condição histórica, “uma condição política”.
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