“Ladrão, Porco, Sujo, Cachorro, Indigno”. Demissão difamatória do professor. Burucuyá-Corrientes, 1788.
Palavras-chave:
escolas de institucionalização, squelas coloniais, preceptores/professores de primeiras letras, práticas de ensino colonial, lógicas burocrático-pastoraisResumo
Este artigo deriva-se da transcrição de um documento do Arquivo Histórico da Nação Argentina no qual está documentado o pedido de interseção ao vice-rei Marquês de Loreto pelo preceptor/mestre Bartolomé Soria, da Cidade de Burucuyá-Corrientes, em 1788, pela destituição injuriosa de seu cargo pelo Regidor Don Juan Solis com socos e ofensas de: “Ladrão, Porco, Sujo, Cão, Indigno. ” O arquivo permite compreender alguns traços coloniais em sua dupla lógica: burocrática e pastoral. E se vê como tarefas do ofício de preceptor/professor: sacristão e auxiliar dos párocos, guardião (escriba?) dos livros paroquiais, responsável pela limpeza, manutenção das igrejas, pré-empoderamento de conteúdos religiosos, ensino em espanhol, apoio econômico aos vizinhos dos professores. As sete partes do documento permitem reconstruir as visões sobre o significado da educação e da profissão docente dos diferentes atores sociais envolvidos.
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