Memória, história e identidade no contexto de conflitos territoriais: o caso de Pozo del Castaño, Santiago del Estero
Palavras-chave:
memória, identidade, campesinato, conflitos, territórioResumo
Este artigo reflete sobre os resultados de um trabalho de campo na localidade de Pozo del Castaño, Santiago del Estero, em um contexto de conflito territorial. Trata-se de problematizar como a relação entre memória, história e identidade assume certa particularidade e significação nos territórios rurais da província e, ao mesmo tempo, como essa articulação pode adquirir um valor instrumental quando é pensada como recurso político para a defesa da posse territorial. As representações do passado indígena e sua (des)continuidade no presente, as interpelações e as identidades a partir da situação de conflito e a necessidade de se projetar como sujeito coletivo e histórico, destacam práticas e usos do território que discordam das lógicas produtivistas e de desenvolvimento ocidental. Nesse sentido, a memória, como produtora de identidade, nos possibilita compreender as categorias nativas de identificações e as subjetividades construídas em torno do passado em um espaço rural, atravessado pela presença do patrocínio através da estadia, do trabalho e, atualmente, das disputas pelos territórios.
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