Escola e processos de reconhecimento étnico
Palavras-chave:
escola, processos de organização comunitária, processos de reconhecimento étnicoResumo
A investigação que aqui se apresenta tenta explorar e colocar em análise os processos de emergência identitária, de organização e de reconhecimento numa região andina perto de Salta. Em particular, tenta-se recuperar os sentidos e as reivindicações entre algumas docentes e um grupo de dirigentes, alguns/mas ex-alunos/as e/ou pais e mães de estudantes. Pretende-se compreender um tempo/lugar disruptivo numa comunidade andina e na sua escola, apelando à historicidade e aos efeitos simbólicos e práticos das políticas e mudanças do quadro regulador num caso específico (no Município de Campo Quijano). Neste sentido, consideram-se os desvios dos interesses políticos e económicos desde os mandatos fundacionais – identidade nacional homogénea, oligarquia de proprietários de terra, modelo civilizacional europeu. O problema de investigação gira em torno do estudante na sua relação com as identificações étnicas e culturais; uma hipótese poderia indicar que, pela sua função e organização, a escola permanece alheia à emergência de identidades étnicas sendo portadora de uma identidade nacional, a do Estado moderno. Ao apresentar os resultados desta investigação, procura-se complexificar a análise e compreensão dos processos de alteridade/identidade tendo em conta um século XXI aparentemente aberto e capaz de pôr em vigor os direitos legais dos povos originários, ainda que com grandes contradições e demoras.
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