O jardim da república. Museu e razão (pós-)colonial

Autores

  • Natalia Sacchi Programa de Estudios Independientes del Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona

Palavras-chave:

matriz disciplinar, museu moderno, razão (pós-)colonial, feminismos

Resumo

O que é a descolonização e o que tem ela a ver com a modernidade? Como se entranha o “nós” exclusivo, etnocêntrico, no “nós inclusivo” – a pátria para todos – que projeta a descolonização? Como temos pensado e problematizado, a partir do nosso lugar e tempo específicos, o presente colonizado e a sua superação? (Silvia Rivera Cusicanqui, 2010: p. 60.). O artigo questiona o museu de arte moderna como matriz disciplinar do estado nação (pós-)colonial na Argentina. E como o museu, enquanto representação e materialidade, dá corpo ao ideal do projeto de construção nacional do Estado Argentino, gerando um conjunto de significantes que nos permitem destrinçar as relações entre representação estética, ficções narrativas hegemónicas sobre a “outridade” e regulação da população através da racialização e da desigualdade de sexo genérica. Para pensar estas relações centro-me em três figurações narrativas, o deserto como espaço de “ausência de civilização”, o jardim como ordem moderna das pessoas e das representações, e o pavilhão como mecanismo de disciplinamento.

Biografia do Autor

Natalia Sacchi, Programa de Estudios Independientes del Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona

natosliaga@gmail.com

Publicado

2014-10-01

Como Citar

Sacchi, N. (2014). O jardim da república. Museu e razão (pós-)colonial. Tramas/Maepova, 2(3), 153–172. Recuperado de http://revistadelcisen.com/tramasmaepova/index.php/revista/article/view/91